Fazendo a antevisão do FCP-Sporting:
«Quem ganha, ganha mais coisas. Quem perde, perde mais coisas. Isso é uma verdade palissiana».
José Peseiro, Notícias 24, TVI24, 30 de abril de 2016, 9h07.
No caso em apreço, teria de ser «lapalissada», ou quando muito «lapaliçada», uma vez que a palavra provém do nome do militar francês Jacques II de Chabannes, mais conhecido por Jacques de La Palisse, que também pode ser grafado La Palice. «Lapalissada» designa uma evidência, um truísmo, que terá ficado a dever-se à letra de uma canção composta pelos seus soldados depois da sua morte em batalha, cujo último verso seria: «S'il n'était pas mort, il ferait encore envie»; literalmente, «Se ele não estivesse morto, ainda faria inveja [aos vivos]» e que terá sofrido duas corruptelas:«ferait» ter-se-á transformado em «serait», por causa do «s» longo que se confundia com o «f», e «envie» ter-se-á transformado em «en vie», resultando em: «S'il n'était pas mort, il serait encore en vie», isto é, «Se não estivesse morto, ainda estaria vivo».
No caso, a confusão resulta, por certo, da consideração apenas de «Palice» («palissada») em vez de «La Palice» («lapalissada»).