«As polícias nacionais estão de mãos atadas, pois tratam-se de crimes supranacionais, onde quase sempre é impossível chegar à identidade dos criminosos [...]»
«Buraco negro». Expresso, Revista, 23 de dez. de 2015, p. 43.
Já por aqui se disse que o verbo «tratar», sempre que acompanhado da preposição «de», é impessoal, pelo que apenas se flexiona na 3.ª pessoa do singular. Na frase, não tem, pois, de concordar com «crimes». A frase correta teria de ser:
«As polícias nacionais estão de mãos atadas, pois trata-se de crimes supranacionais [...]».
Conjugado pronominalmente e com o sentido de «dizer respeito a», o verbo «tratar» emprega-se apenas na 3.ª pessoa do singular. Se a leitura pode - para alguns - encontrar ali um escolho, então o melhor será mesmo reformular a frase, por exemplo:
«As polícias nacionais estão de mãos atadas, pois estes são crimes supranacionais [...]».